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os livros de maio.

Book Lovers

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. *inspira* AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH.

ok, já parei. Peço desculpa, mas é assim que estou desde que terminei o terceiro livro de Emily Henry, Book Lovers. Depois de ter adorado Beach Read e gostado bastante de You and Me on Vacation, estava com as expectativas na Lua para este – e oh meu deus fomos a Marte!! (Marte fica a ~218,380,915 km da Terra, a Lua está a 384 400 km, já agora.) Nesta nova comédia romãntica com uma pitada-de-assuntos-sérios conhecemos Nora, uma publicista literália de elevado sucesso, e o seu arqui-inimigo Charlie, um editor que não quer ter nada a ver com os amnuscriptos dos clientes de Nora. Dá-se o acaso de se cruzarem numa pequena cidade em que nenhum deles quer muito estar, e o resto é história. Mas da boa. Juro. Leiam.

“You’re in books. Of course you don’t have a life. None of us do. There’s always something too good to read.”

Last Night at the Telegraph Club

Este livro surpreendeu-me imenso – não estava preparada para a montanha russa-emocional que foi. É classificado como ficção histórica (passa-se na Chinatown de São Franscisco nos anos 50), jovem adulto e LGBT+. A narrativa constrói-se à volta de um clube nocturno, o Telegraph Club, onde mulheres lgbt passam as noites. O clube, assim como a existência e manifestação de tendências lgbt, era na altura ilegal, e extremamente perigosa. A nossa personagem principal, Lilly Hu, tem dezassete anos, vive com a família em chinatown e descobre este clube, e muito sobre ela própria, numa narrativa apaixonante e cheia de reviravoltas, momentos revoltantes e outros (menos) apaziguantes. A sequela está prometida e anunciada, e mal posso esperar que me chegue às mãos!

“She’s having a hard time right now because you’re not what she expected. But we’re never what our parents expected. They have to learn that lesson.

Good Intentions

O fenómeno de Normal People levou as editoras a publicitar vários livros como sendo “semelhantes” às histórias de Sally Rooney. Se por vezes isto é verdade (como no caso de Exciting Times, da Noise Dolan), no geral acaba por desiludir o leitor. Isto aconteceu-me com Good Intentions – é um bom livro, mas a comparação a Normal People só o deixa mal. Seguimos Nur, um jovem britânico muçulmano de origem paquistanesa, que saiu de casa e foi estudar para longe, acabando por se apaixonar e começar a namorar com uma jovem negra, também muçulmana. Convencido de que os pais não iriam aceitar a relação, esconde a mesma durante mais de quatro anos, com severas consequências em todas as dimensões da vida dele. É um livro introspetivo, que salta para a frente e trás no tempo, e que apesar de interessante e escrito de forma poética, me pareceu arrastado e demasiado longo e repetitivo. Gostava que a edição tivesse sido mais radical, mas ficarei atenta aos próximos livros de Kasim Ali, já que este foi apenas o primeiro.

“Then, about half an hour into it, the novelty will wear off and he’ll wonder why he’s there, surrounded by people he doesn’t know, feeling a strange emptiness that defies definition.”

Self-Help: Stories

Self-Help é um livro de histórias curtas (ou contos) e ensaios de Lorrie Moore, uma escritora aclamada e conhecida pela forma como retrata as mulheres e as relações. Comprei este livro sem saber muito sobre ele, e fiquei agradavelmente surpreendida – adorei a maioria das histórias, e apaixonei-me completamente pela escrita. Os temas tratados vão desde ser a outra mulher, ao processo de aprender a ser escritor, relações pouco ou nada saudáveis, ser filho de pais separados, entre muitos outros. Sâo histórias honestas e despretenciosas, e a minha experiência de leitura foi inteiramente de sublinhador na mão, pela quantidade de frases que queria levar comigo para a vida.

“Your numbness is something perhaps you cannot help. It is what the world has done to you. But your coldness. That is what you do to the world.”

How to Have Feminist Sex

Comprei este livro por recomendação da Tânia Graça, que acompaho no instagram e de quem gosto bastante, e estou muito feliz com o meu investimento. Em capítulos curtos e dinâmicos, altamente ilustrados e povoados de humor, a autora explora diversos temas que rodeiam a vida sexual das mulheres (cis e trans). Desde consentimento, a orgasmos, masturbação, e depilação, há espaço para tudo. Nada é explorado de forma muito aprofundada, mas cada tema está bem introduzido e dá que pensar, e somos deixados com recomendações de textos mais longos sobre cada temática. Recomendo!

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